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Prof. Vitão - História - 1ª Séries A e B



Quando falamos na história da Grécia Antiga, estamos falando de uma civilização que serviu de modelo cultural para o chamado MUINDO OCIDENTAL, tanto pelas suas criações quanto pelas atitudes dos gregos frente ao conhecimento. A famosa frase “tudo o que sei é que nada sei”, proferida pelo ateniense Sócrates, revela a constante busca pelo conhecimento – afinal, quando um mestre diz que não sabe nada, ele está afirmando que todo o conhecimento que se tem é insuficiente e sempre é possível buscar mais. Se os povos ORIENTAIS (que estudamos até agora) criaram uma série de preceitos morais e práticas religiosas que marcam nossa cultura/identidade até hoje, com os gregos antigos nós vamos ter o estabelecimento de uma ATITUDE DE BUSCA PELO  CONSTANTE CONHECIMENTO E UMA NOVA FORMA DE SITUAR O SER HUMANO NO MUNDO, além da criação de outros tantos elementos culturais que atuaram na formação de nosso mundo.

Bora lá, então, começar a estudar....

   

O MUNDO GREGO ANTIGO: O SER HUMANO FRENTE AO SABER E AO MUNDO

 

 Geograficamente falando, a Grécia Antiga foi uma civilização que se desenvolveu no sul da Europa (Península Balcânica), estendendo-se ao longo da costa do Mar Mediterrâneo. Na Idade Antiga, houve cidades gregas no território da atual Grécia e na Ásia Menor, além do Sul da Itália até o período de formação do povo romano, que estudaremos a seguir. Essa civilização começou a desenvolver-se a partir de 1100 a.C. (século XI a.C), e sua história enquanto povo independente vai até por volta do século II a.C., quando foi dominada pelos romanos que assimilaram a cultura e o povo grego.


 

Tradicionalmente, os historiadores dividiram a história grega em cinco períodos, sendo que o arcaico e o clássico correspondem ao momento de maior brilho dessa civilização. A Grécia não formava um reino ou império, mas suas cidades eram independentes umas das outras (por isso eram chamadas de PÓLIS, que significa “Cidades-Estado) As duas principais foram Atenas e Esparta, que serviam de “modelo” às demais.

 

 

Períodos da história grega

A história do povo grego na Antiguidade é uma das mais longas e ricas que conhecemos. Se adicionarmos a ela o período de formação do seu povo, estaremos falando de cerca de dois mil anos de história. Naturalmente, toda essa trajetória foi marcada por avanços e recuos, e, por conta disso, ela foi dividida pelos historiadores em cinco períodos.

Esses períodos levam em consideração a formação do povo grego e as suas características básicas ao longo do tempo, levando em conta as continuidades e rupturas. São esses:

 

·       Período Pré-Homérico (2000-1100 a.C.): corresponde ao momento de formação do povo grego, quando houve a “mistura” de vários povos na Península Balcânica e dessa mistura nasceram as Pólis gregas; esses povos foram o CRETENSE, AQUEUS, JÔNIOS, DÓRIOS E EÓLIOS.

·       Período Homérico (1100-800 a.C.): período do qual temos poucas informações. Foi um momento de intensas guerras entre várias Pólis entre si e contra outros povos. Recebe esse nome porque as obras do poeta HOMERO são a principal fonte histórica sobre esse período.

 


Uma das obras de HOMERO é a que nos conta sobre a famosa GUERRA DE TROIA

 

·       Período Arcaico (800-500 a.C.): fase na qual a cultura grega expandiu-se pelo Mediterrâneo por conta da colonização, o que levou à origem de várias Pólis “menores” na Itália e na Turquia.


Arte grega no Período Arcaico

·       Período Clássico (500-338 a.C.): corresponde ao momento máximo da civilização grega, sobretudo pelo grande avanço que a arte e a cultura gregas alcançaram.


Período Clássico: a época de maior imponência da cultura e do povo grego

 

 

·       Período Helenístico (338-136 a.C.): declínio da civilização grega, que passa a ser dominada pelos macedônicos (que eram “gregos do Norte” – depois explico melhor isso), que foram os responsáveis por difundirem a cultura grega para o Oriente. Ao final desse período, a Grécia foi dominada pelos romanos.


Período Helenístico: fusão cultural do Ocidente com o Oriente

 

Formação do povo grego

Bom, eu já disse então que o período de formação do povo grego ficou conhecido como Pré-Homérico e que essa fase ocorreu durante quase todo o segundo milênio a.C. Tal formação rolou com a mistura entre povos que se encontraram no atual território grego

Jônios, Aqueus, Eólios e Dórios chegaram ao território grego e se depararam com uma grande civilização desenvolvida a partir de 2000 a.C. Estamos falando dos cretenses, também conhecidos como minoicos.



Ruínas de uma construção cretense

 

Os cretenses foram um povo que surgiu na Ásia Menor (atual Turquia) e migrou para as ilhas que existem no Mar Egeu, sendo Creta a principal delas. Em Creta, sobreviveram da agricultura e da criação de animais e desenvolveram laços comerciais que percorreram a região mediterrânica. A expansão dos cretenses é confirmada pelo fato de que sua forma de escrita (chamada de Linear A) foi encontrada em outros locais da Grécia, assim como na Ásia Menor e até na região de Israel.

Com a mistura desses povos, as grandes cidades minoicas foram reduzidas e em seu lugar surgiram os genos, uma comunidade agrícola pequena em que seus membros possuíam um grau de parentesco e acreditavam que descendiam de um herdeiro em comum (que, na sua crença, era uma figura mítica). O controle dessa comunidade era realizado por um patriarca conhecido como pater.

 

Originalmente, o genos era marcado por um forte laço de solidariedade e coletividade, pelo qual a terra e o que ela produzia eram compartilhados entre todos. No entanto, com o passar do tempo, a comunidade presenciou a formação de uma aristocracia (pequeno grupo que detém o poder) que dominava as terras, deixando muitos sem acesso a elas.

Por questão de sobrevivência, muitos dos genos juntaram-se com outros, formando fratrias. Essa união trazia problemas significativos porque ampliava a desigualdade e gerava disputa de poder e terras. À medida que essa organização não dava mais conta das necessidades de governo do povo grego, a cidade-estado (Pólis) foi surgindo. Esse processo também contou com o fortalecimento do comércio e mudanças sociais e políticas.

As Pólis eram autônomas umas em relação às outras. Essa autonomia manifestava-se em todos os aspectos: jurídico, político, econômico, religioso etc. Isso significa que a Grécia nunca fui um império com território coeso e fronteiras definidas. Ela era basicamente uma região que aglomerava povos com cultura e idioma comuns.

Belezinha, por enquanto? Lesgal!!! Então, na próxima semana, o sábio gordo aqui retorna.

TCHAU E BEIJOS DO GORDO!!!


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