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Prof. Vitão - História - 2ª Séries A e B

 

O General Imperador tinha uma ideia muito clara em sua cabeça: precisava conquistar a Europa, transformar a França num imenso Império e estabelecer em definitivo os preceitos Iluministas que guiaram a Revolução Francesa.

E a coisa caminhou muito bem até que ele resolveu dar um passo arriscado: INVADIR A RÚSSIA, num surto de autoconfiança que lhe custou muito caro. Não significa que o Império Russo fosse tão poderoso assim, mas era um território imenso, com uma geografia complicada e que precisava ser melhor estudado por quem quisesse invadir, dada inclusive sua condição climática em certa época do ano (o INVERNO) que era extremamente tensa.

E foi aí que Napoleão se tornou....

 

O IMPERADOR QUE VIROU SORVETE


Em todas as suas bem sucedidas campanhas militares, Napoleão participava pessoalmente junto com suas tropas. Na campanha contra a Rússia não foi diferente. Lá se foi o garboso General Imperador, serelepe à frente de seus homens.

 


No começo, Napo e seus homens avançaram, triunfantes

 

Entrando em território russo, Napoleão se empolgou com os primeiros sucessos. Aí resolveu tentar apressar as coisas e fez seus soldados marcharem 112 km nos dois primeiros dias da campanha. Isso era desumano!!! O cara era um animal!!! A essa velocidade, as carroças de suprimento ficaram para trás. Desidratada pela caminhada e sem alimentos e água, a tropa viu-se forçada a beber dos riachos pantanosos da região, pegando diarreia. As primeiras vítimas tombaram ao lado das fontes de água – muitos soldados de Napo morreram ali mesmo. Começou ali a complicação.


Em pouco tempo, o jogo começou a virar.

 

Quanto mais avançavam pelo interior da Rússia, os já combalidos soldados franceses se espantaram com uma cena muito estranha: DESTRUIÇÃO QUE ELES NÃO TINHAM FEITO.

VÉI!!! O imperador russo MANDOU DESTRUIR SUAS PRÓPRIAS CIDADES, para que as tropas de Napoleão não tivessem como conseguir abrigo, nem água e nem comida à medida em que avançavam.

Os franceses esperavam fazer na Rússia o mesmo que em suas guerras anteriores: tomar alimentos das cidades e fazendas pelo caminho. Mas se deram mal!!!  Começaram a comer seus próprios cavalos!

A campanha prosseguiu assim - os russos regredindo e queimando tudo, os franceses sangrando lentamente de doenças, fome, sede, ataques de guerrilha e deserção massiva. Os franceses perdiam em média 6 mil soldados por dia.

Mas Napo se recusava a recuar. Seguiu avançando. Em 18 de Agosto de 1812, conquistou a pífia cidade de  Smolensk (uma conquista inútil)e decidiu rumar para Moscou, a capital. Aí os russos resolveram partir pro ataque maciço, com força total, pra cima dos franceses. Napoleão teve sua mais feroz batalha. A mais sangrenta de todas as guerras napoleônicas, a Batalha de Borodino. Dos 250 mil participantes, 80 mil morreram. Os russos, então, recuaram mais uma vez, atraindo o que sobrou das tropas francesas atrás deles. O imperador russo sabia que Napo era arrogante demais pra se render e continuaria avançando.


Rendição? Para Napo, jamais!!!

 

 

Em 14 de setembro, Napoleão chegou a Moscou e achou que havia vencido. SABE DE NADA, INOCENTE!!!! Ele sentou-se no trono do imperador russo e esperou a rendição dele. No mesmo dia, os russos começaram um novo e gigante incêndio em sua própria capital.

O tempo ia esfriando (o rigoroso inverno russo ficava mais forte). O exército russo se reorganizava e se fortalecia. Em 18 de outubro, Napo não teve escolha: tinha que voltar pra França.

 


“Não gostei dessa coisa de ter que me render. Oh, catapimbas!!!”

 

Quando os franceses iniciaram a retirada de volta pra casa, a temperatura estava por volta de -12 ºC. O plano era voltar pelo sul, mas os russos cortaram o caminho e os militares de Napoleão se viram forçados a voltar por onde vieram, começando pelo campo de Borodino, crivado de homens e cavalos em decomposição da batalha de um mês e meio antes. Ecaaaaa!!!!


O rigoroso inverno russo, aliado à destruição das cidades pelos próprios russos, detonou de vez os invasores franceses

 

 

Se algo havia sobrado da destruição causada pelos russos, já havia sido consumido pelos franceses na ida. Diante de um frio que logo chegou a -40 ºC, ninguém tinha roupas de frio, exceto as roubadas de Moscou - inclusive chapéus, sapatos, mantos e echarpes femininas. Os cavalos não tinham ferraduras adaptadas ao gelo, como as dos russos - escorregavam e quebravam as patas ou simplesmente não conseguiam puxar as cargas. O poderoso exército de Napoleão estava destruído.

A tropa se converteu em um bando de desesperados. Cavalos passaram a ser atacados e a carne era comida crua. De manhã, os feridos foram largados no caminho. Os soldados também tiravam nacos de carne de animais ainda vivos pra comer.

Os franceses fugiam em desespero, mas os russos não haviam se esquecido deles. Em 26 de novembro de 1812, as tropas napoleônicas tiveram de atravessar o rio Berezina (na atual Bielorrússia). Os russos descobriram sua posição e atacaram no dia 29, com 60 mil homens, contra 20 mil soldados divididos entre as duas margens. Muitos morreram. Alguns franceses conseguiram escapar com seu imperador Napoleão.

Em 14 de dezembro, o esfarrapado exército de Napoleão chegou à Polônia. Sua tropa principal tinha  cerca de 16 mil soldados, dos 690 mil que entraram na Rússia.

A reputação de invencível Napoleão foi pro saco. O poderoso Napo chegou à França em farrapos e coberto de vergonha.

 


Congelado e coberto de vergonha, o que sobrou do exército de Napoleão volta pra França.

 

 

O FIM DO IMPÉRIO NAPOLEÔNICO

 

A acachapante derrota na Rússia detonou a maior parte do exército francês. Acabou também com a moral de Napo. Quando ele voltou à França com o resto de seu exército, os inimigos viram que era o momento de “apertar o cara” e derrubar ele do trono.

Em 1814, os países dominados pela França napoleônica aproveitaram e deitaram a lenha em cima do Império francês. Liderados por ingleses, austríacos, prussianos (atuais alemães), os adversários obrigaram Napo a largar o trono. Foi preso e mandado pro exílio na Ilha de Elba.

  

Ilha de ELBA, perto do litoral da Itália. Acharam que conseguiriam segurar Napoleão nessa ilha pra sempre. Sabe de nada, inocente!!!!

 


Napoleão exilado na Ilha de Elba. Deve estar pensando: “bando de vacilão!! Mas, me aguardem!!!!! Oh, Catapimbas!

 

 

Bom, quando a galera na Europa achava que as coisas voltariam a ser como antes, eis que Napoleão fugiu de Elba e voltou, em 1815. E, meu!!! O cara conseguiu tomar o poder na França de novo, mesmo estando em farrapos e com moral detonada!!!!


Napoleão, glorioso, volta ao poder!!!

 

A volta do cara foi meteórica!!  Em 15 de julho de 1815, com 124 mil homens, ele invadiu (de novo) a Bélgica. Derrotou várias tropas de seus inimigos.

Mas as novas investidas de Napoleão duraram só 100 dias (foi o chamado “Governo dos 100 dias”). Ele não tinha mais a força de  outros tempos. Deu trabalho, mas foi derrotado em definitivo na famosa BATALHA DE WATERLOO (também ficava na Bélgica).

 


Posição em que Napoleão perdeu a guerra (de Waterloo). Desencanem. Essa é só uma piadinha da “minha época”

 

Derrotado, agora em definitivo,  Napo foi enviado pra um lugar mais longe: a ILHA DE SANTA HELENA.

 

  

Ilha de Santa Helena, no meio do Oceano AtlÂntico, perto do litoral da África. Essa ilha pertencia à Inglaterra, e os ingleses a usavam só pra enviar pra lá os inimigos que deveriam morrer esquecidos.

E ali Napoleão ficou preso entre 1815 e 1821, quando morreu de uma infecção estomacal (alguns dizem que ele foi envenenado, mas não há provas). O governo da França foi entregue ao Rei LUÍS XVIII (sobrinho-neto do Luís XVI, que teve a cabeça cortada durante a REVOLUÇÃO FRANCESA).

Os países que se livraram de Napoleão fizeram uma reunião chamada CONGRESSO DE VIENA, na Áustria, onde reestabeleceram as fronteiras anteriores às invasões napoleônicas. Mas havia um objetivo maior:

A ideia era trazer o ABSOLUTISMO de volta, mas isso não aconteceu. Nem a França e nem outro país qualquer nunca mais foi Absolutista. A Revolução Francesa triunfou.

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