Apesar de todas
dificuldades, muitos escravos no Brasil colonial se revoltaram contra a
situação de escravidão. Ocorreram muitas fugas de escravos dos Engenhos de
Açúcar onde eles viviam (muitas delas, com o uso de violência). Escravos
fugitivos acabavam se “juntando” no meio de florestas e formando COMUNIDADES DE
ESCRAVOS FUGITIVOS chamadas QUILOMBOS, que se tornaram um importante SÍMBOLO DA
RESISTÊNCIA NEGRA CONTRA A ESCRAVIDÃO NO BRASIL.
Hoje, vamos conhecer um
pouco sobre....
OS QUILOMBOS E A REISTÊNCIA DOS
NEGROS CONTRA A ESCRAVIDÃO
Fugir de um Engenho de Açúcar não era
fácil. Quando conseguiam, os escravos fugitivos se enfiam no meio do mato, bem
longe das regiões dos Engenhos.
Lá, acabavam se encontrando com
outros fugitivos e criavam as comunidades conhecidas como QUILOMBOS.
Selo de carta comemorativo
ao Quilombo dos Palmares, o quilombo mais famoso (vou falar dele daqui a
pouquinho).
Formado a partir da reunião de vários
escravos fugitivos, um quilombo era sempre um tipo de comunidade bastante
diferente das que foram criadas pela ação dos colonizadores portugueses. Os
habitantes dos quilombos, chamados de “quilombolas”, participavam de todo o
trabalho que envolvia a obtenção de alimentos e construíam pequenas oficinas
onde fabricavam suas roupas, utensílios domésticos, ferramentas de trabalho e
móveis. Tudo o que eles produziam era para uso dos habitantes do quilombo.
Mais do que uma simples comunidade, o
quilombo era formado em locais de difícil acesso. Tal medida visava impedir a
recaptura dos escravos fugidos. Geralmente, o quilombo também era organizado na
proximidade de estradas para que os quilombolas pudessem assaltar os viajantes
que por ali transitavam. Além de escravos fugitivos, também viviam nos
quilombos vários índios, mestiços, homens brancos pobres, gente fugindo da
justiça. Enfim, todo mundo que estava “lascado” na sociedade colonial era
bem-vindo nos quilombos.
Negros fugitivos, brancos e
mestiços pobres, índios.... todos eram bem-vindos aos quilombos.
Nos quilombos, os habitantes eram
livres pra praticar a religião que quisessem.
Havia leis que todos deveriam seguir.
O roubo, o homicídio e a deserção (trair os quilombolas) eram severamente
punidos com a pena de morte. Ao mesmo tempo, os quilombos foram importantes
para que traços diversos da cultura africana se mantivessem vivos em nossa
própria cultura atual. Ritos, danças, pratos e expressões comuns ao território
brasileiro são nitidamente influenciados pela cultura africana que sobreviveu
nos quilombos.
Quilombo dos PALMARES
Um dos mais importantes quilombos do
período colonial foi criado na serra da Barriga Verde, no estado de Alagoas. O
Quilombo dos Palmares, formado no início do século XVII, abrigava uma série de
quilombos menores e constituía uma grande comunidade integrada por milhares de
pessoas.
Esse quilombo durou quase 100 anos.
Quando ficou muito famoso, todos os senhores de Engenho se empenharam muito
para destruí-lo, mas sempre perdiam. Nem com ajuda de soldados portugueses eles
conseguiam destruir Palmares.
Todos os habitantes do
Quilombo dos Palmares eram guerreiros na hora de defender sua comunidade contra
os invasores.
Povo de Palmares
lutando contra os invasores colonizadores
O período de maior força de Palmares
foi sob a liderança de ZUMBI DOS PALMARES. Esse cara ainda hoje é um símbolo
das lutas do povo negro.
Zumbi dos Palmares,
líder do maior quilombo da História
Zumbi era um líder habilidoso. Sabia
organizar seus comandados, chefiar uma comunidade de milhares de pessoas e
organizar estratégias de luta.
Sua esposa, DANDARA, também era uma
excelente guerreira. Manjava muito de CAPOEIRA, e quebrou pescoço de muitos
soldados e capitães do mato.
Dandara dos Palmares
Entre 1692 e 1694, Senhores de
Engenho contrataram o BANDEIRANTE PAULISTA DOMINGOS JORGE VELHO (na semana que
vem, falarei quem eram os BANDEIRANTES), que foi contratado a um valor
altíssimo para destruir o quilombo. A tropa de Domingos Jorge Velho foi formada
por milhares de homens e até canhões.
Domingos Jorge Velho, o
tiozinho que destruiu o Quilombo dos Palmares
O fim de Palmares aconteceu em 1694,
quando a expedição de Domingos Jorge Velho destruiu Cerca Real do Macaco. Para
se aproximar do quilombo, o bandeirante ordenou a construção de uma contracerca
que permitiu a aproximação dos canhões da capital de Palmares. Cercado, o quilombo
foi destruído e Zumbi fugiu.
Em 20 de novembro de 1695, o
esconderijo de Zumbi foi denunciado, ele foi emboscado, morto, decapitado e sua
cabeça foi exposta publicamente nas ruas de Recife. Sua esposa, Dandara,
cometeu suicídio para “não dar aos inimigos o gosto de matá-la e poder morrer
em liberdade”. As tropas portuguesas permaneceram na Serra da Barriga até
meados do século seguinte, para impedir o ressurgimento de Palmares.
Hoje, Zumbi dos Palmares é
reconhecido como SÍMBOLO DA LUTA DO POVO NEGRO. A data de sua morte (20 de
Novembro) é FERIADO DA CONSCIÊNCIA NEGRA em várias cidades brasileiras
(inclusive Piracicaba).
Bom, mas...... e os BANDEIRANTES?
Caaaaaaaaaalma.... semana que vem
falo deles.
Beijos do Gordo, até logo, fiquem em
casa (só saiam se precisarem muuuuuito) e se precisarem muuuuuuito sair, já
sabem:
USEM MÁSCARA ATÉ PRA IR AO PORTÃO
PEGAR TRINTA OVOS POR QUINZE REAUS!!!
Kkkkakakkk
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